quarta-feira, 28 de novembro de 2007

CAHIS se desfilia da UNE

Ontem, 27/11/2007, em assembléia geral, os estudantes do curso de História da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) aprovaram o novo estatuto do Centro Acadêmico e uma das cláusulas aprovadas foi a DESFILIAÇÃO DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES (UNE). O detalhe marcante deste episódio extraordinário é que não houve nenhuma manisfestação contrária, o que prova que os estudantes de História reconhecem que a UNE se tornou um intrumento do Governo Neoliberal de LULA e do FMI/Banco Mundial e que a solução para o Movimento Estudantil de História é a defesa ferrenha dos estudantes contra os ataques daqueles que defendem os latifundiários e empresários internacionais e nacionais.
Diretório Central dos Estudantes
Gestão: DCE Em Movimento
UESB - Vitória da Conquista

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Um convite a rebeldia

15 de novembro de 2007, 6h30 da manhã. O palácio da reitoria da Universidade Federal da Bahia é despertado, em pleno dia da proclamação da república, pela força acéfala do estado burguês que mantém a (des)ordem deste mesmo regime.
Os estudantes da UFBA, que há 46 dias ocuparam a Reitoria por uma Assistência Estudantil digna e contra o decreto do REUNI, se viram, mais uma vez, vítimas do autoritarismo, da violência e do desrespeito à democracia praticados pelo Reitorado da UFBA e pelo Governo Federal Brasileiro. Após ter sido aprovado pelo tribunal de justiça, o pedido de reintegração de posse feito pelo Reitor Naomar Almeida, a PF invadiu a ocupação dos estudantes com truculência e covardia, mostrando mais uma vez que, quando se faltam argumentos a única saída para quem “manda” é a plena ignorância.
De um lado os agentes federais fortemente armados, do outro, estudantes com seus colchões e barracas, lençóis e bandeiras. Bandeiras estas levantadas em nome de uma educação digna e universal, pública e gratuita, vendo à universidade enquanto um patrimônio social, da classe trabalhadora, e não daqueles que se apropriam do espaço público em nome dos interesses do capital. Transformam um espaço que é nosso em picadeiro político, tratorando decisões e bombardeando cada vez mais a educação pública, com projetos como o REUNI, e outras reformas neoliberais do governo Lula, que anda fazendo direitinho a lição de casa do FMI e do Banco Mundial.
Em contraponto a onda de ocupações que se levantou em todo o Brasil contra o REUNI (11 ao total), vemos a burguesia utilizando seus aparatos de dominação ideológica numa tentativa de encabrestar a população. Como é o caso da rede Globo de comunicação, exibindo cenas com um viés pejorativo e amedrontador de estudantes e de seus familiares, a novela “Duas Caras” apresenta a situação de uma “invasão” de Reitoria por estudantes de uma Universidade privada. Neste contexto, as idéias e atitudes estudantis são encarnadas de modo a ridicularizá-las e a fazê-las parecer infantis, como se fosse fruto de uma rebeldia injustificada e própria da idade e não como idéias e atitudes assentadas em amplos processos de debates e práticas que visam contestar a (des)ordem vigente e contribuir para a construção de uma ordem verdadeiramente justa e igualitária
Por entender que esta luta não é apenas dos estudantes da UFBA, mas sim de todo cidadão brasileiro, manifestamos nosso apoio e o desejo de que esta luta se transforme num espaço de avanços para o movimento estudantil combativo e que o embate aqui travado possa ser apenas o começo de uma série de novos rumos para a universidade que queremos, voltada para questões do povo brasileiro e capaz de formar seres críticos para transformação desta sociedade. É nesse coro ensurdecedor dos oprimidos de nosso país, que fazemos este convite a uma reflexão critica do casual, da luta de classes que escreve nossa história, um verdadeiro convite à rebeldia.


Elogio do Revolucionário"Quando aumenta a repressão, muitos desanimam. Mas a coragem dele aumenta. Organiza sua luta pelo salário, pelo pão e pela conquista do poder. Interroga a propriedade:De onde vens? Pergunta a cada idéia: Serves a quem? Ali onde todos calam, ele fala. E onde reina a opressão e se acusa o destino, ele cita os nomes. À mesa onde ele se senta, se senta a insatisfação. À comida sabe mal e a sala se torna estreita. Aonde o vai a revolta, e de onde o expulsam persiste a agitação."
BRECHT