quinta-feira, 5 de junho de 2008

É INCRÍVEL COMO O CINISMO TOMOU CONTA DO CENÁRIO POLÍTICO DA UESB.

Com o passar dos meses o discurso político da colega Thaís parece ter mudado bastante, quando outrora mostrava aversão aos militantes do PCdoB/UJS. Naquele momento (a pouco mais de um ano) representantes da UEB (UJS) estiveram no campus de Jequié portando listas falsas dos estudantes regularmente matriculados. O momento era de uma eleição de DCE, onde concorreram duas chapas, uma encabeçada por membros do PT (o levante), onde a ilustre colega esta inclusa, e outra encabeçada pela UJS. Provado a falsidade das listas, a eleição acabou por ser impugnada e, numa outra puxada logo em seguida, a única chapa inscrita, o levante, venceu as eleições.
Caso algum dado esteja errado a colega poderá corrigir, já que ouvi esta história da mesma.
Naquele momento PT e PCdoB estavam em lados opostos, mas quando o assunto é defender a entidade já apodrecida, UNE, todas as acusações de fraude são deixadas de lado, e até passam a ser compactuadas tendo em vista a suspeita de fraude também no III congresso dos estudantes da UESB em Jequié, onde a lista de inscritos foi passada a limpo, o que daria margem para inscrições na ultima hora, ainda mais depois que o comprovante de inscrição de uma delegada foi encontrada no bolso do estudante, e também membro da gestão 'o levante', João Paulo (estudante de odontologia, creio eu). O mais estranho é que todos os outros comprovantes estavam numa pasta na sala do DCE, já que as inscrições já haviam se encerrado desde o dia anterior.
O congresso foi extremamente esvaziado porém, a plenária final se configurou de outra maneira. A média de participantes dos GTs e das mesas de discussão era por volta de 30 a 40 estudantes, já na plenária final as votações contavam por volta 60 a 70 crachás. Não lhes parece estranho??? Basta olhar as listas de presença, caso também tenham sido adulteradas eu tirei muitas fotos como registro. É SÓ PEDIR!
"estudantes organizados/ as em forças podem conviver e construir coletivamente com estudantes que preferem uma atuação mais independente."
A colega deve estar se referindo a aliança PT/PCdoB feita para defender seu projeto governista. Cooptaram a maioria da plenária que por todo o tempo votou em bloco. Muitos nem sabiam em que votavam. Um exemplo disso foi que, no momento em que tentaram legitimar a UEB no estatuto do DCE (sem qualquer discussão prévia em nenhum espaço do congresso) foi questionado para aqueles que votavam em bloco que significava a sigla da entidade e não houve resposta. Foi preciso um representante da UJS (Garrincha) pegar o microfone e dizer.
Tenha dó!
"as decisões do Congresso trouxe(ram) avanços no sentido da integração do movimento estudantil da universidade que é multi-campi"
O irônico disso tudo é que os "Aliados" foram contra a proposta lançada pelo Coletivo Em Movimento, do qual faço parte, de se integrar a coordenação dos DCE de Itapetinga+Conquista+Jequié numa só, mantendo a fragmentação do projeto político da entidade. Além de tudo vetaram nossa proposta de se criar um novo mecanismo para a convocação de uma Assembléia Geral com 1% de assinaturas dos estudantes do campus, e no lugar disso lançaram uma contraproposta onde esse percentual subiria para 5%, dificultando, e muito, qualquer tentativa de convocar uma assembléia por fora das entidades. Outra deliberação estrambólica defendida pelos ALIADOS foi a abolição da Assembléia Geral Multi-Campi que, apesar de ser difícil de acontecer, seria uma instrumento importante em casos de atuações conjuntas dos 3 campi, como uma ocupação de reitoria por exemplo. Parabéns!! É isso que vocês chamam de integração.
"Sobre a educação destacamos as propostas de Combate a Mercantilizaçã o da Educação a exemplo da luta contra as Fundações de Apoio nas universidades e a defesa de financiamento público para o ensino superior."
Incrível!!! Quem olha assim nem desconfia que os companheiros do PT (no caso Thaís e Pricila, e mais nenhum outro) chegaram no GT sobre o financiamento da educação nos seus últimos 5 minutos. Já a UJS nem deu o ar de sua graça, se retirando em bloco da sala assim que teve acesso as nossas teses.
Apesar da tentativa de alguns/algumas divisionistas do ME tentar implodir a plenária final do III Congresso dos/as Estudantes da UESB com uma denúncia falsa e de até em formas de agressões físicas ao companheiro da UNE-Ba presente no Congresso
Não há como dividir lados que já são opostos! Pensei que isso estivesse ficado cado claro no congresso. Nunca iremos nos aliar com aqueles que defendem as políticas neoliberais do governo Lula, nuca iremos nos aliar com aqueles que se aliaram ao capital poia, isto é antes de tudo, uma traição a classe trabalhadora. Aqueles que ainda lutam pela entidade apodrecida e burocratizada UNE, na sua IMENSA maioria (para não dizer todos) na verdade estão ali para ocupar alguns cargos, cargos estes que nada servem se você não fizer parte da direção majoritária da UJS. A UNE É UMA ENTIDADE GOVERNISTA QUE DEFENDE O PACOTE DE REFORMAS DO FMI/BANCO MUNDIAL (Prouni, Reuni, Reforma Universitária, etc).
Pelo que eu me lembre Thaís, quem começou toda a confusão foi sua amiga e companheira Hete, do curso de história, que partiu para cima do camarada Isaac enquanto este fazia a denuncia de FRAUDE.

Na situação, se quiséssemos mesmo implodir o congresso teríamos feito sem muita dificuldade, tendo em vista todo aquele alvoroço mas, pelo contrario, nos contemos e retiramos a denuncia de fraude para adiantar os encaminhamentos finais.Para finalizar eu vou deixar em anexo a carta escrita por nós em conjunto com a Liga Universitária de Saúde (LUS), assim como a carta escrita pelos dois únicos representantes do campus de Itapetinga no Congresso.

Saudações Socialistas
Glauber Leal
Coletivo Em Movimento

terça-feira, 3 de junho de 2008

Sobre o Congresso dos Estudantes da UESB

O III congresso dos estudantes da UESB, ocorrido no campus de Jequié, nos dias 29, 30,31 de maio e 1° de junho de 2008 teve como objetivo geral questionar o modelo e a situação da educação pública no Brasil.
O tema do Congresso foi O Movimento Estudantil pela Educação pública. Construir propostas para uma efetiva transformação em nossa sociedade não deve ficar a cargo apenas de poderes executivos ou legislativos de nosso país.
É nessa perspectiva que membros da sociedade acadêmica da UESB buscam resgatar o M.E. (movimento estudantil) que anda tão apático e pouco presente nas decisões políticas que nos afetam diretamente, sejam as políticas públicas vindas de um governo pouco interessado em manter o compromisso do Estado com as universidades, sejam as políticas internas de uma reitoria questionável, principalmente no aspecto de prioridades da universidade como, por exemplo, a destinação de verbas para extensão e pesquisa entre outras decisões que são tomadas sem termos conhecimento e sem a nossa participação. É assim que desejamos uma melhoria significativa em nossa universidade se ficamos alheios ao que acontece?
A verdade é que a UESB anda defasada com relação aos objetivos de uma universidade: ensino, pesquisa e extensão, porém, isso acontece não somente com a nossa, isso mesmo, nós dissemos nossa UESB, mas com as UEBA (universidades estaduais da Bahia) de maneira geral.
O governo estadual tem proposta de melhoria para as UEBA. A substituição da Lei 7.176/97 por uma outra. Você sabia disso? Então, onde está o problema? Está na perda da autonomia, que já consideramos pequena, de nossas universidades baianas. É por isso que desejamos que os alunos dessa instituição sejam menos omissos a essas políticas, pois as mudanças não devem ocorrer sem nossa devida atuação. Somos parte do processo de mudança e devemos contribuir para que ela ocorra de maneira mais justa, já que é essa sociedade que desejamos.

O que ocorreu no congresso
Houve mesas redondas, palestras, GTs (grupos de trabalhos) e plenárias, gerais e final. Com o tema O Movimento Estudantil pela Educação pública os assuntos debatidos e abordados foram muitos, pois sabemos que os assuntos pertinentes à nossa sociedade perpassam pela educação e sem dúvida alguma discuti-la é algo que todos devem fazer parte.
Foram assuntos debatidos no encontro financiamento da educação pública, movimento estudantil, reformulação do estatuto acadêmico, educação pública vs.educação privada, criação de propostas para o M.E., conjuntura nacional e internacional entre outras discussões. Estiveram presentes, além dos delegados, muitos convidados, professores de outro campus, alunos de outras instituições e representantes de movimentos estudantis e sociais.
Os campus de Jequié e Conquista estiveram presentes representantes de seus DCEs (diretório central dos estudantes) mais membros delegados. Com Itapetinga não ocorreu o mesmo por falta de diretório central. Não estiveram presentes nem mesmo membros dos D.A. (diretório acadêmico) dos cursos respectivos do campus muito menos os alunos delegados de cada um desses, com exceção dos delegados do curso de pedagogia, VI semestre, Mateus Rodrigues e Salete Duarte. De 23 delegados estiveram presentes apenas dois. Isso é demonstrar que somos desinteressados e desorganizados politicamente.
Ocorreram mudanças significativas no estatuto estudantil, algumas foram mudanças significativas para o campus de Itapetinga. Eu lhes pergunto: como dois votos poderiam ajudar nessa decisão? Acredito que com 23 votos teríamos conseguido aprovar também o que fosse favorável pra gente. Principalmente o desdém que sempre ocorre com o campus de Itapetinga. Isso eu pude sentir de perto, justamente por estar lá. Acredito que isso tenha ocorrido muito mais por parte de membros do campus de Jequié e uma pequena parte dos membros de conquista, onde aprovaram uma mudança no Artigo 43; são necessários 5% dos estudantes do campus para convocação de uma assembléia geral, o que antes era de apenas de 3%. O DCE de conquista optou para que a mudança fosse para 1% pensando, justamente, na viabilização das assembléias (o que já era difícil ficou ainda mais).
Posso dizer que sentir o DCE de conquista preocupado com algumas mudanças ocorridas no estatuto, bem como com a falta de representatividade de nosso campus num congresso importante e de difícil acontecimento. Eles não são militantes profissionais, isso não são minhas palavras, porém sabem que devemos continuar lutando e militando por uma universidade de melhor qualidade, nada mais justo que a formação de um grupo forte, deve dizer também que estão dispostos a ajudar, assim como já o fizeram quando se deslocaram de suas localidades para vir até Itapetinga avisar sobre o congresso. Quero deixar claro que sou grato ao DCE conquistense pelo apoio e compartilho da idéia de um movimento forte e integrado.
O que é importante é a educação. Ela é o maior mecanismo de mudança social e o esvaziamento dos estudantes nos espaços de debates, assim como foi o Congresso, perde-se muito em qualidade, precisamos do apoio de vocês para fortalecer o movimento estudantil de nosso campus.
O que faço aqui é chamar às suas atenções para um assunto de interesse de todos os discentes do campus de Itapetinga. Isso é para que não ocorra de termos que ficar fazendo baixo assinado por algo que é de nosso direito, para não ter que ta brigando para a realização de um conpex ou para a construção de um refeitório, dentre outras coisas. Por favor, pensem nisso.
Mateus Rodrigues
Salete Duarte
Representantes do campus de Itapetinga no III congresso Estudantil.
PS. Em 15 anos é a terceira vez em que o congresso ocorre.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Viva a UJS/PCdoB, viva a juventude do PT, viva a União Nacional dos Estudantes!

O III Congresso dos Estudantes da UESB, realizado entre os dias 29 de maio e 01 de junho na cidade de Jequié-BA, deferiu um golpe fatal ao movimento estudantil Uesbiano.

No andamento do congresso percebeu-se uma polarização na disputa de idéias entre grupos políticos antagônicos que discutem um projeto de reorganização do Movimento Estudantil (ME), foram inscritas três teses com diferentes interpretações da realidade e diferentes propostas para a revitalização do nosso enfermo ME. A grosso modo, estavam presentes no cenário deste congresso duas agrupações distintas, uma encabeçada pela União Nacional dos Estudantes e outra composta por estudantes que deslegitimam a representatividade da UNE.

A cena política parecia estar montada para um debate enriquecedor catalisada por aqueles que disputavam a opinião dos demais estudantes. No entanto, no decorrer do dias o que vimos foi o esvaziamento dos espaços de debates e uma plenária final cheia, inclusive por estudantes que prestigiaram o espaço somente para levantar o crachá. Dando seqüência a suas práticas nefastas de cooptação de delegados o PCdoB\UJS se alinhou com a Juventude do PT para juntar forças em prol de um projeto governista.

Longe de querer jogar todos os estudantes numa vala comum, no final das contas, o congresso se mostrou um jogo de cartas marcadas. O conjunto dos discentes que votaram em bloco, dentre outras coisas, aboliram a assembléia multi-campi, vetaram a proposta de unificação da coordenação do DCE mantendo a fragmentação do projeto político da entidade e foram contra a proposta de convocação da assembléia geral por um quorum de 1%, o que emperra qualquer possibilidade de uma assembléia ser puxada pela base estudantil, tendo em vista a conjuntura de desmobilização que vivemos .

Num apelo ao conjunto de estudantes da UESB, principalmente à aqueles que se encontram no meio deste fogo cruzado, pedimos que façam uma reflexão crítica acerca dos acontecimentos, uma reflexão sobre as propostas que foram votadas, que procurem conhecer melhor os grupos políticos que estavam ali presentes. Pedimos apenas que escutem nossos argumentos e levem para casa o princípio básico para a formação de qualquer opinião: a dúvida.

No mais, saudamos a UNE pela imensa contribuição neste congresso, por sempre estar presente em momentos como estes, na cooptação e burocratização das entidades representativas e por servirem fielmente aos interesses do capital, consequentemente traindo toda a classe trabalhadora. Nós os saudamos!

Jequié, 01 de junho de 2008.

Coletivo Em Movimento

LUS – Liga Universitária de Saúde